quinta-feira, 16 de abril de 2009

Diga-me em que filas andas, que eu te direi quem és.




A nossa sociedade está inserida num mundo totalmente globalizado, onde as pessoas vivem constantemente em grandes agitações. As relações afetivas nunca andaram tão frias quanto neste século XXI, em que o tempo se tornou puramente dinheiro, já diz o ditado: “Tempo é dinheiro”. Talvez, ironicamente citando, as filas vêm a existir para frear essa correria que tanto é perceptível nas grandes cidades, e também onde contribui para incitar as “averbações” entre os indivíduos, nem que sejam somente reclamações de tempo, da demora no atendimento, do cidadão que malandramente fura a fila... Quem nunca enfrentou uma fila, que atire a primeira pedra! É fila de banco, de supermercado, da boate, do cinema, de emprego, do hospital público, da matrícula da escola, do caixa eletrônico, das Casas Bahia, da xerox, do elevador do Unipli (Centro Universitário em Niterói), e por aí seguem as filas. Certa vez fazia uma matéria nas escadarias internas do Unipli, perguntando que tipo de exercícios físicos as pessoas praticavam, e alguns respondiam que subir e descer aquelas escadas eram o único exercício físico que praticavam no dia-a-dia. Logo podemos associar este fato a esta constante agitação diária em que ficar parado e andar lentamente causa ânsia e desconforto. E para não dizer que estou ficando louca, comece a prestar atenção em você mesmo. Vou dar uma ajudinha: numa subida na escada rolante e com alguns “gatos pingados” a sua frente, você não fica tentado a andar?
Está para ir ao terceiro andar de um prédio e tem uma filinha a espera do elevador, você sobe ou não as escadas?
Uma que é clássica: entra no banco e tem aquelas senhas de espera, olha para o número e vê que ainda faltam muitos até chegar a sua vez. Vai ou não vai resolver outras coisas na rua?
Analisar o perfil de quem geralmente freqüenta as filas, a que grupos pertencem seus freqüentadores, é também uma terapia ocupacional, você também pode fazer. Reparem só. Os freqüentadores das filas de banco são geralmente aposentados e ofice-boys; as filas de boates, jovenzinhos da classe média e gays; as filas das Casas Bahia, por exemplo, assalariados; as filas de xerox, estudantes que mal têm dinheiro para lanchar; filas de shows a preços populares (com distribuição de senha com uma hora de antecedência), as senhoras e casais da Zona Sul; e por fim, as filas intermináveis dos ônibus que saem da praia de Itaipu, moradores de São Gonçalo.
As filas têm seus prós e contras como já dito até agora, mas nada pior do que está apertado e ter fila até no bendito banheiro!
E vejam só, procurando alguma inspiração na internet para terminar esta crônica absurda, acho uma coisa quase que hilária logo de cara no Wikipédia - “Teoria das filas” , pode encontrá-la em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_filas). E pensar que somente eu estava me preocupando com isto. E para que você saiba da onde surgiu este tema, foi de ficar muitos minutos na fila da xerox do Unipli (ora professores, vamos socializar os textos de uma outra forma que não seja somente nesta xerox. E que eles não nos ouçam.) Agora, pra terminar e trazer o tema globalização novamente a tona, a internet está aí para facilitar (lógico que não com tanta facilidade assim, por uma série de questões que não vou entrar aqui) as horas nas filas. Ela serve para pagamentos, pesquisas de textos, compra de ingressos, compras virtuais. Mas não resolve todas as filas e não são todos que tem livre acesso a esta ferramenta, então já que não dá pra viver sem ela: Viva as enormes filas! E vê se da próxima vez que freqüentar alguma, leve um biscoitinho e ofereça.
Esta é a lei nº 2312\2006 (para o município de Niterói, veja abaixo), publicada em 31/03/2006 que estabelece o tempo limite nas filas.
LEI DA FILA Lei N0 2312\2006 (para o município de Niterói), publicada em 31/03/2006.
Art.10- Ficam as agências bancárias, as Agências dos Correios e Lotéricas, que atuam como CORRESPONDENTES BANCÁRIOS, no âmbito do Município de Niterói, obrigadas a atender os seus usuários, clientes ou não, nos setores de caixa e outros atendimentos, em tempo razoável. Art. 20 - Para os efeitos desta Lei, entende-se como tempo razoável de atendimento: l – Até 15 (quinze) minutos em dias normais; ll - Até 30 (trinta) minutos, em véspera ou depois de feriados prolongados, nos dias de pagamento de pensionista de funcionários públicos municipais estaduais e federais e nos dias de vencimento de conta de concessionárias de serviços públicos de recebimentos de tributos municipais, estaduais e federais. § 10 – Os bancos ou seus representantes federativos, informarão à Secretaria encarregada de fazer cumprir esta Lei, as datas mencionadas no item ll, todas as vezes que se fizer necessário. § 20 – Para o tempo máximo aceitável de atendimento referido nos incisos l e ll, consideram-se as condições técnicas normais de funcionamento dos equipamentos e sistemas. § 30 - A ocorrência de qualquer anormalidade técnica, conforme o disposto no § 20, não justificará demora superior ao dobro do tempo preceituado nos incisos l e ll. § 4º - Os estabelecimento definidos no Art. 1º desta lei deverão afixar cartazes em local visível, nas portas de acesso, informando o seguinte: “O tempo máximo previsto em lei municipal para o atendimento ao consumidor é de 15 minutos. Faça valer seu direito”....

COM PROCEDER PARA MULTAR
1 – Ao chegar ao estabelecimento, pegar o ticket (numa maquininha que geralmente está na entrada do ambiente dos caixas); nele está o número da vez e a hora de entrada.
2 – Ao ser atendido no caixa, solicitar ao atendente o comprovante de permanência no estabelecimento. Ele é obrigado a fornecer. Se não fornecer (como já me aconteceu no Unibanco) comunique ao Ministério Público ou ao DFPO (na Prefeitura) – vide a seguir.
3 – Apresentar a queixa no Departamento de Fiscalização de Postura (DFPO), no antigo prédio da prefeitura (na Rua da Conceição), no segundo andar. Falar somente com o diretor do departamento e exigir a multa (a qual deverá ser elaborada na sua presença).
Veja Mais sobre o assunto FILA
Ana Paula Silva, 7º período em Comuniação Social - Centro Universitário Plínio Leite

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